Mancar enquanto caminha — ou, como chamamos formalmente, claudicar — é um dos primeiros sinais clínicos que gatos e cachorros com dor nas articulações apresentam. Ao observar esse comportamento, o tutor deve ficar atento, já que pode ser um sinal de doença articular.
Neste artigo, entenda melhor como reconhecer os sinais e o que fazer caso isso ocorra com seu pet.
Sinais clínicos de gatos e cachorros com dor nas articulações
Como os animais não falam, nem sempre é fácil perceber quando o seu gato ou cachorro está com dor nas articulações. Por isso, é muito importante saber reconhecer os sinais que eles dão quando estão sentindo esse desconforto.
Nem sempre a claudicação será o primeiro sinal observado. A não ser que haja uma lesão aguda, ou seja, algo que leve a um quadro intenso e pontual de dor. Em processos crônicos, dificilmente o pet demonstrará de forma tão clara que está incomodado devido à dor articular. Normalmente, as primeiras alterações são relativas ao comportamento.
Para cães, além das mudanças comportamentais, pode-se observar também atrofia da musculatura, resistência para caminhar (tende a se mover bem menos na casa também) e lambedura frequente do local de dor. Para gatos, é ainda mais difícil associar as alterações de comportamento a problemas articulares, já que são mudanças comuns a várias doenças, como dificuldade em entrar na caixa de areia, menor ingestão de água e comida, mudança dos locais de descanso e alteração da interação com o tutor e outros pets.
Se o seu pet apresenta algum desses sinais clínicos, então preste atenção, porque é hora de procurar ajuda profissional.
Quando levar o pet com suspeita de dor nas articulações ao Médico-Veterinário?
O Médico-Veterinário deve ser consultado assim que o gato ou cachorro com dor nas articulações começar a apresentar os sinais descritos acima.
O profissional irá avaliar o pet e realizar exames para dar o diagnóstico correto da condição, já que outras doenças também podem fazer o pet apresentar sinais similares — como doença renal, diabetes ou disfunção cognitiva.
O reconhecimento precoce da real causa do problema é fundamental para garantir o bem-estar do pet, já que a terapia precoce é a melhor opção. Além disso, é importante saber que é um tratamento dinâmico e que deve ser reavaliado sempre, uma vez que as doenças articulares mais comuns têm caráter crônico e progressivo.
Sendo assim, a atuação do especialista será no sentido de evitar esse avanço, estipular medidas de manejo ambiental e a terapia adequada para diminuir a dor do animal.
Fatores de risco para o desenvolvimento de doenças articulares em pets
Apesar da maior parte dos animais começarem a apresentar dor nas articulações conforme envelhecem, a idade não é o único fator de risco para doenças articulares. Existem alguns outros, como:
- Genética — algumas raças têm maior predisposição para desenvolver problemas nas articulações. A displasia coxofemoral, por exemplo, é mais comum em cachorros de grande porte, como Labrador, Golden Retriever, Pitbull, Pastor Alemão, Chow-chow e Rottweiler. No caso dos gatos, grande parte dos felinos idosos irá apresentar osteoartrose, mas a raça Scottish Fold tende a apresentar mais alterações articulares, devido a uma alteração genética que leva a uma modificação da composição e formação das cartilagens do corpo;
- Deficiência de nutrientes — a falta de alguns elementos no organismo dificulta o metabolismo das cartilagens;
- Traumas e excesso de peso — podem alterar a estrutura regular das articulações.
- Ambiente – locais com piso liso, que dificultem a movimentação dos pets (especialmente para cães de raças grandes) também são fatores que predispõem a doenças articulares.
Por este motivo, é importante adotar alguns cuidados preventivos para evitar o desenvolvimento e a progressão da doença.
Cuidados gerais para cães e gatos com dor nas articulações
Algumas das recomendações para evitar que animais que já têm doenças articulares tenham uma piora do quadro são as seguintes:
- Adaptar o local em que o seu pet habita para que ele consiga realizar todas as atividades que executava normalmente antes;
- Realização de exercícios físicos leves, o que melhora a circulação sanguínea e ajuda na redução da contração muscular. Porém, deve-se verificar com o Médico-Veterinário se o grau de dor que seu pet apresenta permite que tais exercícios sejam praticados logo no início da terapia. Normalmente, é preciso primeiro fazer um bom controle da dor, para depois iniciar exercícios leves. A prática de atividade física associada à boa nutrição auxilia a manter as articulações funcionais;
- Seguir a terapia indicada pelo Médico-Veterinário;
- Utilizar medicamentos para controle da dor (sob indicação profissional), Ômega 3 e condroprotetores, como o Condroton®.
Um outro hábito que pode ajudar muito é a fisioterapia para pets. Essa modalidade terapêutica trata e previne problemas de mobilidade.
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- Julho 25, 2022